22 de agosto de 2014

Da Bolivia pro Paraguai

Em 2013 principalmente no segundo semestre notou-se um grande movimento de estudantes brasileiros de medicina na Bolívia deixando o país rumo a Argentina e Paraguai, segundo os estudantes existem 3 grandes motivos para esses destinos. Demora na tramitação de documentos, relação da Bolívia com o Brasil no programa mais médicos e a violência. 

Burocracia: Segundo os estudantes a Bolívia hoje está deixando de ser o destino principal dos brasileiros por ser um país muito burocrático, com muita demora para conseguir os documentos. Segundo informação além dos 6 anos normal do curso de medicina os estudantes ainda tem que realizar 3 meses de “província” que seria mais ou menos um internato rural e logo em seguida o “exame de grado” que é uma prova aplicada para formandos de medicina no país. Esse exame após a inscrição estaria demorando de 3 a 6 meses segundo o governo da Bolívia porém os estudantes relatam que se não pagar advogados que interfiram para agilizar a documentação o processo pode passar de 1 ano. Após todo esse processo ainda tem as constantes viagens a cidade de La Paz onde se concentra as legalizações dos documentos, onde se perde dinheiro e tempo e mesmo assim nem sempre consegue agilizar toda a documentação com menos de 90 dias. Contando todo o processo hoje na Bolívia o curso de medicina teria entre 7 anos e meio a 8 anos para sair do país com toda documentação necessária para poder fazer a inscrição do revalida no Brasil. Esse seria um dos grandes motivos para a demanda de brasileiros que já cursam medicina na Bolívia irem para o Paraguai. 
Mais médicos: Já a ida de brasileiros para a Argentina seria devido ao programa mais médicos do governo brasileiro que habilita a Argentina e exclui a Bolívia, de acordo com o edital do programa só podem se inscrever no programa médicos de países com um índice de médicos acima de 1,8 por mil habitantes. 

Violência: Segundo estudantes na cidade de Santa Cruz de La Sierra destino principal dos brasileiros interessados em cursar medicina no país os estudantes tornaram-se alvos frequentes de sequestros relâmpagos e furtos principalmente nas redondezas das universidades UDABOL e UCEBOL, os estudantes relatam ainda que o fato de serem estrangeiros as leis não funcionam, como exemplo citam uma simples devolução da garantia paga para poderem alugar imóveis na cidade que nem sempre é devolvido. 
“A polícia não respeita nossos documentos e sinceramente preferimos nem procurá-la porque “eles” querem dinheiro para tudo até liberar mesmo estando com todos os documentos legalizados” (VISTO). 

De acordo com estudantes o presidente Evo Morales prometeu melhorar a burocracia, resolver sobre o exame de “grado” e a situação dos estudantes em uma reunião na universidade UDABOL mas que ainda nada tinha mudado.

Fonte:  Blog Revalidacao Medica, Estudantes brasileiros que residem na Bolívia ( Esta reportagem não é de autoria deste blog).
( POSTADO EM 21/08/14)



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